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domingo, março 16, 2008

 

As coisas que sufocam.

Dia sete de fevereiro de 2008 eu estava dentro de um escritório com a janela aberta pra Teodoro Sampaio almejando com todo o meu coração um emprego de escritório remunerado na média para o cargo, batucando os dedos no curriculum com a mão direita enquanto esperava a talvez-chefe fumar o seu cigarro e terminar de passear todo o andar até resolver me atender. No mesmo dia eu peguei uma prancheta e fui pra esquina da Fradique Coutinho perguntar se embalagem x ou y venderia mais ou menos e fui contratada. Fui embora em um ônibus pro Brás, era aniversário da Paulinha e eu estava inquieta com as coisas acontecendo. Depois disso eu aparecia lá diariamente das nove às seis, fazia café, comprava coisas, atendia telefones e tirava cópias, debaixo de gritos histéricos. OK.

Depois de 29 dias nessa, odiando especialmente cada momento, eu entrei na sala da tal mulher que estava fumando provavelmente seu oitavo cigarro do dia (sendo dez da manhã) e falei que estava indo embora. Sai e fiz exatamente a mesma coisa de quase-um mês antes: tomei o ônibus pro Brás pensando mil coisas. Nessa mesma semana eu fiquei doente, faltei dois dias no trabalho (segunda e terça), estava quente, eu estava triste, eu estava de TPM acumulada (não sei como isso) e um dia depois que o Guismo foi me buscar na recepção eu sai (quinta), com anotações debaixo do braço, calculando quantas camisetas eu teria que vender por dia pra conseguir pagar dentista, fonoaudióloga, cursinho e transporte público, que é esse absurdo que se paga (filhos da puta).

Eu pintei camisetas em tempos recordes, mas foram poucas. Em cinco dias úteis, duas camisetas. OK, começo de organização do "negócio", trabalhoso e tal, correr pra cima e pra baixo, mas eu devia ser uma máquina. Eu não estava sendo uma máquina e eu não estou: esses cinco dias úteis foram na semana passada e eu estou chateada porque me pediram um tempo. Tempo pra pensar, pesar coisas, rever posições... essas coisas com que se fica preocupado e aborrecido de não poder ajudar e saber que não se quer a sua ajuda.

O cursinho é das sete às dez e trinta e cinco da noite. Eu saio de casa vinte pras cinco e chego meia noite e vinte. É o inferno na terra ter que ficar tantas horas dentro de transporte público, cara. É, eu sou uma fresca, porque existem pessoas nessa cidade que pegam três horas de ônibus e trem pra ir trabalhar e o mesmo pra voltar e não estão reclamando... mas que raio de gente é essa que gasta, das horas que fica sem dormir no dia, mais seis pra ficar olhando pela janela uma cidade pobre e lotada de gente correndo pra pegar um transporte de merda e caro do jeito que é, em um trânsito que é um caralho?!

Daí eu me sinto uma idiota. Uma total e completa idiota sendo enganada e fodida por todas as pessoas que estão 'muito bem, obrigado' comprando um carro a cada seis meses pra não desvalorizarem um dos carros que já tinham, por que (é claro!) é preciso ter mais de um pra driblar o rodízio dessa maldita cidade. Onde já se viu me mandarem NÃO andar de carro um dia da semana? É mole?

E são todas essas coisas que eu queria falar e que eu sei que ninguém vai ler porque são reclamações corriqueiras de cada um de vocês e que vocês não precisam ler pra lembrarem que existem e também ficarem putos com uma ou duas coisas que eu escrevi aqui. O melhor é suspirar bem fundo, olhar pro alto dos postes (não céu, postes!) e falar "fazer o quê, né? É a vida...", peidar bem alto e olhar o relógio pra sair correndo, atropelando velhinhas e tropeçando nos mendigos, afinal, quem liga pra essa merda toda jogada pelas ruas quando, se você não correr, vai perder o início da novela das oito?

posted by Mariana Waechter  # 1:23 AM 2 comments

domingo, março 09, 2008

 
Reticências Camisetas.

Pois é... eu tenho que fazer minha própria propaganda.

Encomendem. :)

- iris.arima@gmail.com

posted by Mariana Waechter  # 11:26 PM 1 comments

quinta-feira, março 06, 2008

 
Por acaso vocês já viram isso?

Comentários gerados em chat simultâneamente com a leitura da matéria absurda:
"mari mari. diz:
a cara desse molque.
mari mari. diz:
alguém mata ele antes que ele vire advogado!"

"mari mari. diz:
meu... unip.
mari mari. diz:
faculdade particular. ele não é prodígio, se ele tivesse deixado cair o RG na porta, tava matriculado!"

"isabelle l. diz:
eu o imagino aos 20 lançando livros de auto-ajuda"

"mari mari. diz:
"A redação foi fácil. Quem não consegue escrever um texto com base numa matéria que saiu na imprensa?", questiona o garoto.
mari mari. diz:
aaaaaaaaaaaaaai, meu deus.
mari mari. diz:
OITO anos, cara.
mari mari. diz:
nem batendo punheta esse moleque tá, ainda!!
isabelle l. diz:
hahahahahhahaha
isabelle l. diz:
ah não
isabelle l. diz:
isso ele até deve ter aprendido, enquanto folheava alguma matéria que saiu na imprensa"
mari mari. diz:
meu, vai brincar de max steel!!!!!!!!!!!!!!!!"

posted by Mariana Waechter  # 11:35 PM 1 comments

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