A impropriedade morreu infartada há alguns dias... você soube?
You've got me wrapped around your finger.
Droga.
Idealização é uma merda, néam?
As coisas não estão bem.
Eu tenho o que fazer. Mas entre arranjar desculpas pra não se concentrar e querer desesperadamente condições pra sair desse inferno que está a minha volta, eu fico com a minha infeliz falta de vontade e de sucesso, por opção, claro.
Eu queria ser especial, mesmo, talvez em um futuro não muito próximo. Especial, não como um eufemismo, mas como alguém que conseguiu alguma coisa e lida bem com os outros e consigo.
Eu não quero ser um eufemismo de mim mesma.
Desventura de uma (péssima) bailarina.You push me to go the extra mile (bate no joelho, bate no joelho)
You push me when it's difficult to smile (mão e mão, e braço e braço)
You push me, a better version of myself (cabeça, ombro, vira vira, errei!)
You push me, only you and no one else (um, dois, três quatro, cinco, seis, sete, oito)
You push me, see the other point of view You push me when there's nothing else to do(chasé, gira gira, ai, caralho!)
You push me when I think I know it all You push me when I stumble and I fall(mão na cintura! estala, estala, estala)
Keep on pushing like nobody (PUTAQUEOPARIU! esqueci tudo! acho que tinha mãos... isso, mãos pra cima...)
E vai ficar faltando.
Assim, é muito bipolar pra se entender. Quando as coisas estiverem mais claras, eu volto.
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Difícil achar graça em algo. Falta, e eu sei o que.
A Dana estava me olhando com olhos grandes e assustados, miando de um jeito estranho e dolorido. De cortar o coração e dar medo. Ela levantou as patinhas pro ar e pediu pra que eu a seguisse, e eu fui. Tinha um corredor enorme, parecia o da minha casa, só que sem portas e cem vezes mais longo. Quando chegávamos no fim dele, uma porta surgia, e ela era branca e pequena, sem brilho e as suas frestas deixavam escapar um forte cheiro de mofo. Quando eu a abri com dificuldade, alguém me ajudou. Era um ser enorme, de pano, costurado em todos os cantos e soltando vermes pelos lados. O problema dele é que ele tinha olhos. Não eram comuns, eram olhos humanos, muito grandes e com a mesma expressão da Dana: misto de medo com ameaça. De um azul-acinzentado que aterrorizavam e seduziam.
Eu dei um passo pro chão negro e invisível, e acordei.